um dos primeiros dias em Paris

A minha primeira tarefa foi acordar cedo e fazer uma corrida à padaria mais próxima de casa, felizmente para mim Eric Kayser no 18 Rue du Bac, para comprar uma baguette e uns belos de uns croissants de massa folhada para o pequeno-almoço, pelos quais sou um apaixonado. Aliás, neste momento só de pensar e escrever sobre eles já estou com água na boca… quem vive em Lisboa pode prová-los no Amoreiras Plaza, a primeira loja do mestre pasteleiro no nosso país. Quanto à receita dos croissants nada melhor que aprendê-la com o próprio Eric Kayser. Ele fê-la ao vivo para o Life & Style Gastronomia do Público no ano transacto, podemos experimentá-la em casa! mas eu prefiro ir comprá-los ao mestre pasteleiro, quentinhos e estaladiços.

Os primeiros dias foram para descobrir e conhecer os principais bairros, onde ainda existem os mercados semanais nas ruas. Os vendedores ambulantes vêm de todas as pequenas localidades vender aqui, em plena rua da cidade, legumes, peixes e mariscos, carnes e caça, queijos e enchidos, enfim, de tudo um pouco. Fiquei completamente maravilhado por ver alguns produtos à venda nas bancas de rua do mercado da Boulevard Raspail: coelhos, lebres, perdizes, faisões, pendurados inteiros. Em Portugal isto é impensável, nem nos talhos com todas as exigências quanto mais na rua… parece que vivemos em várias Europas, com várias normas de regulamentação quanto à higiene e à segurança alimentar.

É claro, como não podia deixar de ser, não resistimos e comprámos, digo, comprámos, porque para encontrar este mercado tive a minha tia como cicerone, três belas perdizes para confeccionar para o jantar. Foi chegar a casa, prepará-las e temperá-las, e fazer uma receita portuguesa claro, estufadas à algarvia. Acompanhadas de um belo tinto de Bourgogne Pinot Noir, ficou uma delícia.

A receita da Perdiz Estufada ou Perdiz ao Vapor pode ser consultada aqui: site da Confraria dos Gastrónomos do Algarve.